Os governadores dos Bancos Centrais africanos, reunidos quinta-feira no âmbito de um Conselho de regulamentação financeira apoiada pelo G-20, resolveram reforçar o papel das autoridades regulamentares financeiras e controlar de modo estrito o sector do microcrédito.
O governador adjunto do Banco Central da África do Sul, Lesetja Kganyago, e o governador do Banco Central queniano, Njuguna Ndung'u, que co-presidiam a reunião, declararam ter discutido sobre o endurecimento da regulamentação para se assegurar que o apoio dos ministérios das Finanças neste sector não causa problemas.
Segundo um comunicado do Banco Central do Quénia, divulgado na quinta-feira à noite, os governadores dos Bancos Centrais de Angola, do Botswana, do Gana, do Quénia, das Maurícias, da Namíbia, da Nigéria, da África do Sul e da Tanzânia, bem como os ministros das Finanças dos países do continente, decidiram fixar os objectivos específicos sobre os fluxos de capitais, o crescimento rápido do crédito, nomeadamente para os sectores de crescimento da economia, como o sector industrial.
Os responsáveis debruçaram-se igualmente sobre os riscos da exposição às novas potências económicas (China, Índia e Brasil), reconhecendo, por outro lado, a importância dos quadros macroeconómicos prudentes para completar a vigilância micro-prudencial tradicional, a favor das lições tiradas da crise financeira mundial.
Os Governadores e os ministros reuniram-se no quadro do Grupo africano do Conselho de Estabilidade Financeira formado pelo G-20, em 2009, para enfrentar a crise financeira mundial e integra países não membros do G-20, para ajudar a limitar as repercussões da crise financeira mundial e da tensão do crédito europeu.
Fonte: Expansão