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Demora nas transferências Interbancárias para o exterior prejudica o País

Empresários ouvidos pelo Expansão queixam-se dos constantes atrasos que se têm verificado nas operações, principalmente de pagamentos ao exterior, que prejudicam grandemente as suas actividades. Entretanto, a EMIS considera que o sistema está funcional.

Apesar da reconhecida evolução do sistema financeiro angolano, clientes bancários, principalmente empresários, queixam-se se de alguma morosidade que ainda se regista nas operações de transferências interbancárias, em moeda estrangeira, principalmente para o exterior do País.

Segundo se diz, variando de banco para banco, existem casos em que a efectivação de uma transferência bancária pode levar três meses. Falando a propósito ao Expansão, o empresário Rui Santos disse ter estado a ter imensos e frequentes constrangimentos no desenvolvimento das suas actividades por culpa dos atrasos que ainda se verificam nas operações de transferências interbancárias, até mesmo para os Estados Unidos da América, onde é comum a existência de pequenos bancos que têm contas dentro de bancos maiores.

Fazendo uma avaliação sobre o processo de transferências interbancárias, o empresário considerou ser "sofrível", dependendo muito de cada instituição.

Não podemos dizer que exista um padrão. Existem casos em que se conseguem executar as operações no próprio dia e verificam-se atrasos que chegam aos 3 meses e isto apesar de uma insistência diária junto dos bancos no sentido de se obterem os comprovativos", frisou.

De acordo com o presidente do conselho de administração da Sistec, fica-se com a sensação de que os serviços bancários no País, em particular dos principais bancos, não estão redimensionados para a demanda existente e que se estruturaram numa hierarquia demasiado complexa, física e geograficamente dispersa, o que na sua perspectiva, se traduz numa má prestação de serviços ao cliente.

Conforme especificou, os atrasos nas transferências de um banco para o outro não se limitam apenas às transferências de moeda para o exterior, acontecendo o mesmo com as transladações interbancárias locais, em moeda nacional, "onde se verificam "atrasos inexplicáveis que podem atingir períodos superiores a uma semana. Este facto, segundo Rui Santos, tem estado na base de vários constrangimentos, fundamentalmente com fornecedores estrangeiros, que por regra têm tendência de ignorar a causa dos atrasos protagonizados pelos bancos locais e seus correspondentes, imputando a responsabilidade pelos mesmos aos empresários.

Pedro Godinho, outro empresário, considera que a actividade bancária no País tem vindo a melhorar. Sustentou esta afirmação apontando o facto de as instituições bancárias a operarem no País disporem actualmente de ferramentas utilizadas pelos congéneres de qualquer parte do mundo.

"As transacções que podemos fazer, isto é, via Internet banking, são as que vamos encontrar em qualquer mercado mundial. Outra evolução que é também satisfatória são os usos dos ATM, que permite que o cidadão use os cartões magnéticos e recorram ou tirem dinheiro aqui e lá fora com a mesma facilidade", indicou.

Entretanto, e apesar deste facto, o CEO da Prodiaman Oil Services também afirma que os constrangimentos da classe empresarial surgem na altura em que se pretende efectuar pagamentos ao exterior, lembrando que Angola ainda possui uma forte dependência das importações.

"Quero com isso dizer que qualquer empresário, qualquer unidade empresarial que queira desenvolver os seus negócios em Angola é forçado a desenvolver relações intercomerciais e financeiras com o mundo exterior e é aí que, de facto, as coisas não vão bem", precisou.

Fonte: Expansão

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