Informações avançadas dão conta de que o fishing, que consiste em tentar obter as credenciais que as pessoas têm para tentar aceder aos bancos por via da Internet, e a clonagem de cartões multibanco destacam-se entre os principais crimes de fraude informática.
O combate à fraude financeira e aos crimes associados não é uma preocupação que termina com a formação tecnológicas dos profissionais das instituições financeiras, mas tal sucede quando os governos têm um plano de actuação que considere a criação de instituições que estudem o fenómeno, visando a cessação da actividade, de acordo com as conclusões do Observatório de Economia e Gestão de Fraude do Porto (OBEGEF).
O interesse das autoridades governamentais em combater o problema é fundamental, na medida em que, se for feito de forma isolada, há maiores probabilidades de se intensificar os métodos de sofisticação", justificou Carlos Pimenta, presidente do OBEGEF, na apresentação do relatório daquela organização, por ocasião do seminário promovido em Luanda pela Associação Angolana de Bancos (ABANC) sobre "Fraude Informática e a Banca.
Em face disso, o também catedrático da Universidade do Porto defende que o Estado deve criar políticas que incentivem o combate a essa prática, acompanhando e detectando as fraudes, bem como que reduzam as facilidades para que tal suceda.
Que seja o próprio Estado a dar o exemplo de que há preocupação em combater a fraude, sugeriu Carlos Pimenta, sem deixar de mencionar que as empresas têm semelhante missão, que vai desde a capacitação dos seus profissionais aos esclarecimentos aos clientes. A falta de informação é outro dos problemas apresentados, onde a sensibilização é apontada como um meio de superação dos obstáculos, devendo-se, para tal, disponibilizar dados às pessoas que estão envolvidas nas actividades da instituição.
Fonte: Expansão